Protocolo de Boas Práticas e Ações de Controle da Dispersão da “COVID-19” nas empresas associadas da Reflore/MS

O Anexo 1 se organiza em duas partes. Na primeira, compilamos todas as recomendações oficiais publicadas (Ministério da Saúde e Ministério do Trabalho) e que foram adotadas. Na segunda parte, apresentamos medidas adicionais implementadas pelas empresas com base nas recomendações de suas equipes de saúde e segurança adaptadas às particularidades das atividades.

Caso julguem relevante maiores informações sobre os fatos, nos colocamos à disposição.

O Anexo 2 apresenta Protocolo específico para tratativas após identificação de colaborador com suspeita de contaminação que visa conduzir ao devido isolamento social do mesmo e dos pares com os quais teve contato.

Sendo assim, reforçamos nossa estima e nos colocamos ao dispor para toda as considerações necessárias.

Moacir Reis

Presidente da Reflore MS.

 

Anexo 1: Parte I – Boas práticas e medidas adotadas com base nas recomendações oficiais do Ministério da Saúde e do Trabalho:

 PRÁTICAS DE BOA HIGIENE E CONDUTA.

  • Adotar procedimentos contínuos de higienização das mãos, com utilização de água e sabão em intervalos regulares durante 20 segundos;
  • Caso não seja possível a lavagem das mãos, utilizar imediatamente sanitizante adequado para as mãos, como álcool gel 70%;
  • Evitar tocar a boca, nariz e o rosto com as mãos;
  • Manter distância segura entre os trabalhadores, de 1 a 2 metros;
  • Limpar e desinfetar os locais de trabalho e áreas comuns no intervalo entre turnos ou sempre que houver a designação de um trabalhador para ocupar o posto de trabalho de outro;
  • Reforçar a limpeza de sanitários e vestiários;
  • Adotar procedimentos para, na medida do possível, evitar tocar superfícies com alta frequência de contato, como botões de elevador, maçanetas, corrimão e etc.;
  • Reforçar a limpeza de pontos de grande contato como corrimãos, banheiros, maçanetas, elevadores, mesas, cadeiras etc.;
  • Privilegiar a ventilação natural nos locais de trabalho. No caso de aparelho de ar condicionado, evite recirculação de ar e verifique a adequação de suas manutenções preventivas e corretivas;
  • Realizar a desinfecção de superfície com álcool líquido 70% nas superfícies em que o usuário teve contato direto ou indiretamente;
  • Realizar assepsia dos termômetros com álcool 70% quando realizada a verificação da temperatura dos funcionários;
  • Etiqueta respiratória: cobrir a boca com o antebraço ou lenço descartável ao tossir ou espirrar;
  • Não compartilhe objetos pessoais; fazer a higienização dos equipamentos de proteção individual;
  • Não compartilhar instrumentos de trabalho;
  • Para trabalhadores no campo, realizar melhor distribuição física da força de trabalho presencial, com o objetivo de evitar a concentração e a proximidades de pessoas;
  • Disponibilização para os colaboradores de kit Higiene contendo produtos para realização da higiene na própria casa dos colaboradores.

PRÁTICAS EM REFEITÓRIOS

  • Os colaboradores que preparam e servem as refeições devem utilizar máscaras cirúrgicas e luvas, com rigorosa higiene das mãos;
  • Redução do sistema self-serve (refeições são servidas pelos funcionários do restaurante);
  • Disponibilizar álcool em gel nas cozinhas, nas entradas e saídas dos refeitórios;
  • A higiene das mãos deve ser feita por todos os usuários do refeitório antes da manipulação dos pratos, copos e talheres, e por todos os usuários antes e depois das refeições;
  • Proibir o compartilhamento de copos, pratos e talheres não higienizados, bem como qualquer utensílio de cozinha;
  • Disponibilizar sabão líquido e toalhas descartáveis nos banheiros;
  • Higienizar com mais frequência as mesas e cadeiras;
  • Implantar sistema de escalonamento de horários para refeições visando a diminuição do fluxo de pessoas no mesmo ambiente;
  • Sinalização de posicionamento para distanciamento das pessoas nas filas;
  • Sempre que possível realizar o afastamento das mesas;
  • Sempre que possível reduzir o número de colaboradores em cada mesa, assegurando pelo menos, 1 metro a 2 metros de distância entre as pessoas;
  • Orientar as pessoas para manterem um distanciamento de 1 metro a 2 metros entre elas nas filas dos restaurantes;
  • Oferecer marmitas em locais onde seja possível;
  • Sempre que possível, usar talheres descartáveis;

PRÁTICAS REFERENTES AO TRANSPORTES DE TRABALHADORES

  • Dispor de recipientes de álcool em gel para os colaboradores higienizarem suas mãos antes de entrar no veículo e para o uso do motorista;
  • Manter a ventilação natural dentro dos veículos através da abertura das janelas;
  • Quando for necessária a utilização do sistema de ar condicionado, deve–se evitar a recirculação do ar;
  • Desinfetar regularmente os assentos e demais superfícies do interior do veículo que são mais frequentemente tocados pelos trabalhadores;
  • Os motoristas devem observar: a) a higienização do seu posto de trabalho, inclusive volante e maçanetas do veículo; b) a utilização de álcool em gel ou água e sabão para higienizar as mãos;
  • Flexibilização dos turnos, para que não haja aglomeração dentro dos veículos, mantendo uma pessoa por assento;

PRÁTICAS REFERENTES AO USO DE MÁSCARAS

  • A máscara de proteção respiratória só deve ser utilizada quando indicada seu uso;
  • O uso indiscriminado de máscara, quando não indicado tecnicamente, pode causar a escassez do material e pode criar uma falsa sensação de segurança, que pode levar a negligenciar outras medidas de prevenção como a prática de higiene das mãos;
  • O uso incorreto da máscara pode prejudicar sua eficácia na redução do risco da transmissão. Sua forma de uso, manipulação e armazenamento devem seguir as recomendações do fabricante. Os trabalhadores devem ser orientados sobre o uso correto da máscara;
  • A máscara nunca deve ser compartilhada entre colaboradores;
  • Fornecimento de máscara de tecido ou cirúrgica conforme disponibilidade e necessidade;

PRÁTICAS REFERENTES AOS TRABALHADORES PERTENCENTES AO GRUPO DE RISCO.

  • Os trabalhadores pertencentes ao grupo de risco (com mais de 60 anos ou com comorbidades de risco, de acordo com o Ministério da Saúde) devem ser objeto de atenção especial em teletrabalho ou trabalho remoto);
  • Caso seja indispensável a presença na empresa de trabalhadores pertencentes ao grupo de risco, deve ser priorizado trabalho interno, sem contato com clientes, em local reservado, arejado e higienizado ao fim de cada turno de trabalho;

PRÁTICAS REFERENTES AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE QUE ATENDAM DAS PLANTAS DAS EMPRESAS.

  • Atender em salas arejadas com janela aberta e porta fechada e com ar condicionado ou ventilador desligado;
  • Seguir as instruções de biossegurança: limpeza e desinfecção da sala, antes e depois do atendimento e dos instrumentais utilizados com álcool 70% ou hipoclorito de sódio 5%; uso de máscara, avental, óculos, luvas (quando o contato com aerossóis); a retirada dos EPI deve ser dentro da técnica asséptica;
  • Desprezar os materiais descartáveis no lixo infectante;
  • Higienizar as mãos com água e sabonete líquido ou utilizar álcool 70%, seguindo os 5 momentos (1. Antes do contato com o paciente, 2. Antes da realização do procedimento, 3. Após risco de exposição de fluidos biológicos, 4. Após contato com pacientes, 5. Após contato com objetos tocados por pacientes);
  • Realizar a limpeza e desinfecção com álcool 70% de equipamentos utilizados para avaliação de pacientes (estetoscópio, termômetro, etc.) e superfícies (mesa de consultório, maçaneta, etc.);
  • Criar e divulgar os protocolos para identificação e encaminhamento de trabalhadores com suspeita de contaminação pelo novo coronavírus antes de ingressar no ambiente de trabalho. O protocolo deve incluir o acompanhamento da sintomatologia dos trabalhadores no acesso e durante as atividades nas dependências das empresas.

RECOMENDAÇÕES PARA AS FRENTES DE TRABALHO.

PARA ATIVIDADES MANUAIS

  • Higienizar antes e após o uso;
  • Não abandonar suas ferramentas em locais com presença de outras pessoas que possam, equivocadamente ou propositalmente, utiliza-las;
  • Respeitar os intervalos de refeição definidos pelo líder ou gestor;
  • Para higiene das mãos, caso exista sujeira visível, é melhor usar água e sabão do que álcool em gel;

PARA ATIVIDADES MECANIZADAS

  • Manter no veículo álcool em gel para higienização das mãos;
  • Manter no interior do veículo álcool 70% ou outros produtos de limpeza para higienização dos pontos de contato mais frequentes (chaves, freios de mãos, volante, alavanca, painéis etc.);
  • Somente o operador do veículo deverá ter acesso ao interior do veículo, máquina ou equipamento;
  • Se necessário o acesso de outro colaborador, realizar nova higienização após a saída do mesmo;
  • Higienizar todas as superfícies do veículo, máquina ou equipamento que outros colaboradores possam ter contato (corrimãos, barras de apoio e etc.).

DISPOSIÇÕES GERAIS

  • Criar um fluxo para rápida identificação e isolamento dos casos suspeitos de COVID-19;
  • Isolar os casos suspeitos por 14 dias;
  • Verificar a temperatura dos funcionários nas entradas das empresas;
  • Estimular que os trabalhadores informem prontamente sua condição de saúde e se auto monitorem nesse sentido;
  • Conversar com seus fornecedores sobre as medidas para proteger trabalhadores terceirizados de acordo com a política de sua empresa;
  • Estabelecer dias de trabalho alternados ou novos turnos para reduzir o número de pessoas presentes no ambiente laboral ao mesmo tempo e aumentar a distância física entre eles;
  • Reduzir deslocamentos e viagens não essenciais durante a pandemia;
  • Desenvolver planos emergenciais de comunicação, como fóruns informativos, treinamentos online, e comunicação virtual sobre COVID-19 e forma de prevenção;
  • Treinamento online para profissionais que precisam usar EPI;
  • Ponderar o adiamento de procedimentos de saúde ocupacional não urgentes, para priorizar o atendimento às questões relacionadas à pandemia;
  • Fixar em vários locais do ambiente laboral lembretes sobre as medidas de higiene etiqueta respiratória;
  • Implantação de marcações para garantir o distanciamento entre as pessoas;
  • Emitir comunicações sobre evitar contatos muito próximos, como abraços, beijos e aperto de mão;
  • Adotar medidas para diminuir a intensidade e a duração do contato pessoal entre trabalhadores e entre esses e o público externo;
  • Priorizar medidas para distribuir a força de trabalho ao longo do dia, evitando concentra-la em um turno só;
  • Disponibilizar acesso a material para higiene pessoal e dos equipamentos de trabalho, álcool em gel, lavabos, equipamentos pessoais sem necessidade de compartilhamento;
  • Durante o estado de calamidade pública, fica suspensa a obrigatoriedade de realização dos exames médicos ocupacionais, clínicos e complementares, exceto dos exames demissionais;
  • As comissões internas de prevenção de acidentes poderão ser mantidas até o encerramento do estado de calamidade pública e os processos eleitorais em cursos poderão ser suspensos;
  • Durante o estado de calamidade pública, fica suspensa a obrigatoriedade de realização de treinamentos periódicos e eventuais dos atuais empregados, previstos em normas, regulamentadoras de segurança em saúde no trabalho;
  • Empregadores devem promover políticas e procedimentos para isolar pessoas que tenham sintomas da COVID-19;

Todas as disposições também se aplicam aos trabalhadores terceirizados.

PARTE II – PRÁTICAS ADICIONAIS

Além das ações citadas acima, práticas adicionais vêm sendo tomadas pelas empresas de base florestal de acordo com a necessidade e realidade de cada empresa.

PRÁTICAS EM REFEITÓRIOS

  • Negociações para manter os restaurantes industriais em funcionamento e doar o excedente para comunidades carentes. Ação importante para manter ativa a cadeia de produtores que fornece insumos para o restaurante;
  • Fornecimento de lanches e/ou marmitas nas mesas de trabalho para evitar aglomerações nos restaurantes;
  • Novos turnos e distanciamentos das mesas para evitar exposição e aglomerações nos restaurantes;

PRÁTICAS REFERENTES AO TRANSPORTE DE TRABALHADORES

  • Medidas específicas para reduzir a lotação (menor que 50%) nos meios de transporte (ônibus) como aumento da frota e espaçamento dos assentos entre os colaboradores;
  • Marcação fixa nominal dos assentos;
  • Medição de temperatura na entrada dos ônibus.

CUIDADOS COM A SAÚDE FÍSICA DOS COLABORADORES

  • Utilização de equipamentos de medição de temperatura (termômetros, câmeras de termo-visão, etc.) na entrada de fábricas (em locais considerados de maior criticidades), com definição de um protocolo no caso de eventual alteração de padrão;
  • Ampliação do acesso dos colaboradores aos profissionais de saúde, com o aumento do horário de funcionamento de posto de saúde para 24 horas e do acesso a todos os dependentes diretos dos colaboradores;

CUIDADO COM A SAÚDE MENTAL DOS COLABORADORES

  • Fortalecimento dos canais de comunicação para levar informações relevantes e orientações de higiene para os colaboradores que estão afastados ou trabalhando em casa. Material de comunicação produzido em linguagem simples e objetiva;
  • Criação de vídeos (ou lives) de ginastica laboral para os colaboradores que estão em home office;
  • Propagação de informações relevantes nos diversos canais de comunicação das empresas;
  • Criação de e-mail específico para informações e comunicações de sintomas e/ou teste positivo para COVID-19;
  • Orientações para as comunidades e projetos sociais para compartilhar boas práticas e prevenção de doenças na sociedade em torno da empresa;

DISPOSIÇÕES GERAIS

  • Suspensão de viagens nacionais e internacionais;
  • Restrições de visitantes;
  • Reuniões remotas;
  • Funcionários que se afastarem das cidades sedes aos fins de semana devem permanecer em isolamento por alguns dias;
  • Rodízio entre lideranças para visitarem as operações de campo. Importante que as equipes que continuam trabalhando se sintam protegidas e confiantes;
  • Os mesmos procedimentos que são adotados para identificar os grupos de riscos de colaboradores próprios são utilizados também para as empresas prestadoras de serviços;

ANEXO 2 – PROTOCOLO DE TRATATIVAS QUANDO VERIFICADA SUSPEITA DE CONTAMINAÇÃO PELA COVID-19 EM COLABORADORES DA EMPRESA.

Uma vez identificada suspeita de contaminação nos ambientes de trabalho, recomendamos a aplicação das seguintes ações:

  • Afastamento provisório imediato do colaborador;
  • Isolamento do local de trabalho do colaborador para higienização e avaliação dos técnicos de saúde e segurança;
  • Se necessário, remanejamento da equipe e alocação em outro local, provisoriamente;
  • Levantamento de informações específicas sobre o colaborador, sobre as ocorrências e sobre histórico médico;
  • Mapeamento das interfaces, ligações e redes de contatos diretos que possa haver contágios (local de trabalho, transporte, áreas comuns, etc.) e entrevistas com todos aqueles mapeados;
  • Reforço da limpeza e sanitização dos ambientes mapeados;
  • Quarentena das pessoas mapeadas que tiveram contato físico, direto com o colaborador;
  • Monitoramento específico de todos os colaboradores mapeados, mas que não tiveram contato direto com o colaborador infectado, com reforço da adoção de boas práticas;
  • Comunicação externa:
  1. Interação com interlocutor da família e com serviços de saúde externo;
  2. Comunicação com o serviço de saúde do município.
  • Comunicação interna (foco na garantia de segurança das atividades e reforço das medidas de contenção):
  1. Orientações para o gestor direto e equipe;
  2. Informe para os demais gestores de outras unidades;
  3. Informe para toda a empresa;
  4. Informe para terceiros.
  • Acompanhamento diário da condição de saúde do colaborador afastado com suporte a família.